Poesia Viva

quarta-feira, novembro 30, 2005

Enquanto a noite avança....





Enquanto a noite avança
rumo à madrugada,
continuo, sem descanso,
como numa amurada,
velando pelo sossego
deste cantinho do nada
que de nada se faz tudo
atingindo um outro mundo!

É certo, é virtual!
este mundo de que falo.
Mas terá isso algum mal
se através dele calo
o que não é para dizer
mas partilho o meu SER?

Sei que, de noite ou de dia,
há visitantes que chegam
(como se até por magia)
e visitam, e comentam,
e assim neste mundo entram
que é feito de mil sabores,
e é pintado de cores
que só os poetas sentem...

Neste cantinho do mundo
(mesmo virtual)
sinto que temos quase tudo:
a palavra, a chispa, o fogo
que não faz mal...
e, nascido deste "lodo"
pode então surgir o Lótus
do Amor transcendental!

Quanto da vida é Poesia?
Quanto mais 'inda será?
Com palavras a magia
que é feita, noite e dia
neste cantinho de cá,
perpassa para o vosso mundo
e toca-lhe bem a fundo
como uma ave que se dá
ao voar...


Isabel

(texto e foto)

Num momento de dúvida...




Num momento de dúvida, mesmo assim é-nos permitida a visão do real...
Muitas coisas podem servir de referência quando não sabemos que caminho tomar...
Quantos sinais em coisas simples, na mera existência de uma flor ou de um pássaro!

Caminhamos pela vida tantas vezes cheios de aspirações e certezas... e depois, chega o momento de termos que enfrentar o NOVO, o que é sempre um pouquinho assustador...

Mas enfrentar o NOVO deveria não ser mais difícil do que aprender a morrer... ou seja, a VIVER.
Para VIVER, talvez seja preciso, como diz Krishnamurti, morrer um pouco em cada dia, morrer para o preconceito e para o egoísmo, morrer para a tentação do isolamento...

Em vez disso, abrir - não, escancarar! - as janelas da Alma, deixando entrar a luz radiosa do SER.

Isabel

(foto e texto)

terça-feira, novembro 22, 2005

A mais bela paisagem do mundo...
















PINTAR A VIDA DE CORES

Todas as cores estão incluídas
Na branca LUZ que ilumina
As outras ficam mais vívidas
Quando a branca as anima

E se as cores das emoções
Passam por todas as tonalidades
Já os nossos seres e corações
Só precisam de sentir as verdades

Do verde a esperança retira
Do vermelho toda a paixão
Do azul a liberdade aspira
Do laranja toda a recta acção

Do anil quer o éter volátil
Do amarelo a doce magia
Do castanho quer algo táctil
E da rosa da alma a alegria

E vem o preto que é
Apenas ausência da LUZ
O branco ilumina de fé
Toda esta vida, que reluz

E se soubermos pintar
A vida de todas as cores
Conseguiremos transformar
Tudo em perfumes de flores

Na música há um perfume
Na poesia a maravilha
A pintura ganha lume
Como a pura flor que brilha

E se tudo, tudo misturarmos
SER, lágrimas e bem-estar
Nós próprios nos transformamos
Com mais capacidade de amar

Amar a vida com todas as cores
Da dor, da alegria e da tristeza
Elevar-se por cima dos amores
Ganhar espaço, LUZ e subtileza

Viver assim, é ser integral
Estar em todas as dimensões
Da material, à espiritual
Destruir ódios e dissenções

Estarmos neste caminho é já sermos
O próprio caminho em movimento
É sermos a mudança e vermos
Que tudo pode ser encantamento


Poema dedicado à minha extraordinária mulher Isabel Nobre

17/11/2005, às 19H10, depois de um dia de trabalho extenuante.

José António

segunda-feira, novembro 21, 2005

Carta de um Amigo num dia triste de Outono...


Contributo do nosso Amigo Dr. Rogério Olas:

"Neste fim de tarde, triste e chuvosa e ao som da Avé Maria de Shubert, lembro os primeiros versos do poema Oração, de Augusto Gil:

"Outono. Morre o dia.
Cai sobre as coisas plácidas e calmas,
Um véu de sombra e melancolia,
Que dulcifica e embrandece as Almas".

20 de Novembro, às 17H59."

Contributo da Ana Paula Oliveira







A Terra prenhe
de água, exala
o cheiro em nós...

Ana Paula, 20 de Novembro de 2005





(Foto de Isabel)

O Início de um novo dia...


Percorro as ruas lentamente, aspirando o ar fresco da manhã! Deixo que a brisa penetre em todos os meu poros e me afague o rosto. Olho as pessoas que passam por mim apressadas. Tento ver nelas algo que me surpreenda (um gesto, um olhar, um sorriso, uma chispa que seja, que nelas demonstre que têm consciência de que em si mesmas existe o Universo inteiro). Mas a maioria das pessoas passam alheias, rostos crispados, a maior parte das vezes, apressadas numa agitação que se antevê.


Olho o azul do céu, onde nuvens de vários formatos flutuam lentamente. Os raios de sol fazem a sua aparição saudando e pintando de luz o novo dia que começa. As flores nas árvores e arbustos começam a sua rotineira tarefa de se abrirem para a Luz do Sol.. Pintam um quadro maravilhoso de odores e cores, salpicando o dia de pequenas maravilhas etéreas.


Sinto no ar o cheiro a café e pão acabado de ser feito. Estes aromas penetram todo o meu Ser e entram em sintonia comigo. Avisam-me para o meu estado de Ser Vivo e consciente. Dão-me informação de que tudo à minha volta está em sintonia e interage comigo. O pão que é feito do trigo que alguém cultivou, regou, tratou, colheu, amassou e produziu. A cadeira onde me sento ou a máquina que utilizo que foi produto do trabalho de alguém que reuniu os materiais, pensou, concebeu e produziu aqueles instrumentos que agora utilizo.


Se tudo está relacionado com tudo, então eu sou tudo e tudo sou eu. E procuro descobrir, no mais profundo do meu SER, como vou fazer para transmitir à minha volta toda esta maravilha. Como vou transmitir a descoberta de que tudo aquilo que se faz (ou não faz e devia ser feito), se pensa ou não se pensa (e devia ser ou não ser pensado) influi em tudo e em todos? Que o Ser Humano não é só aquilo que aparenta ser (um corpo bem ou mal proporcionado com mais ou menos capacidades mentais) mas um SER INTEGRAL com corpo e alma, mente e espírito e que se encontra ligado a tudo e a todos?


Aquieto todo o meu ser. Continuo a percorrer as ruas da cidade. Olhando nos olhos e de frente as pessoas. Transmitindo a todos quantos me rodeiam e com quem eu privo de perto, um pouco deste grande perfume da VIDA UNA e transcendente em tantos níveis de existência e interacção.


E sinto nas veias, na mente, no coração, na alma e no espírito, um frémito de unicidade e união com tudo e com todos. Para os que não conseguem ver nem saber que tudo é tudo, mantenho um sentimento de serenidade, entendimento, compaixão, compreensão e esperança de que, mais cedo ou mais tarde, venham a entender. Hão-se lá chegar um dia, fazer a descoberta.


Para os que já entendem e sabem que tal se desenrola assim, um sentimento de partilha elevado; um sentimento de união em espírito e compreensão.


E os pássaros esvoaçam em mil e uma diatribes aéreas, chilreando nos seus afazeres de liberdade e altura, comunicando-me que também fazem parte do esquema cósmico que permanece imperturbável.


E de repente uma criança, vinda a correr atrás duma bola, pára junto de mim. Seguro-lhe a bola e entrego-lha nas mãozitas macias. Sorri, com o seu olhar brilhante e os caracóis esvoaçando ao vento. Nessa fracção de segundo, nesse instante mágico, a vida inteira concentra-se nos nossos dois sorrisos quando lhe entrego a bola. Sorri mais uma vez e sai correndo com a bola nas mãos.


Que belo início de dia. Que momento maravilhoso de ternura e pureza.

Encho o peito de ar! Aspiro profundamente toda a energia do Universo e sigo o meu caminho.

José António

07/11/2005

Quando no cinzento um raio de Sol...




Estava um dia cinzento e chuvoso.
A cidade parecia ter um cachecol de névoa.
Perpassava um sentimento de cansaço...

Mas eis que irrompe o Sol!
E, subitamente, o cansaço é substituído pela Alegria!

Pois não é a própria Vida um MILAGRE?

Isabel

Lisboa, manhã de chuva a 21 de Novembro de 2005.

(Isabel - texto e foto).

Paz

Quando acalmamos todo o nosso SER,
e sentimos o silêncio de tudo o que existe,
somos invadidos por uma PAZ
que não se expressa por palavras.
Aí, no mais profundo de nós mesmos,
sabemos que tudo somos nós e nós somos tudo.

José António

20 de Novembro de 2005.

A minha Praceta...

A Praceta é uma simples praceta. Tem casas, carros, e (felizmente!) árvores, relva, cães e crianças a andar de bicicleta... Mas a praceta é mais do que a soma de tudo isso: é a imagem que fica e as sensações que evoca... Daí que a praceta se transforma na "Praceta" - como um herói de banda desenhada que se transforma ao assumir uma outra imagem, ao vestir uma roupagem mágica.

Diz-se que a beleza está nos olhos de quem vê... E a Magia também...


A Praceta veste-se de cores sumptuosas logo de manhãzinha, quando o ceú de rasga de luz e as nuvens vêm espreitar...

Às vezes, esconde-se em mantos de nevoeiro como os que já mostrei noutro "post". Mas, sobretudo, ela tem uma paisagem nocturna de presépio, com colinas avistando-se ao fundo cujas casinhas minúsculas se acendem a partir do fim da tarde para fazer sonhar quem estiver à janela...

Isso far-me-á sempre lembrar uma recordação da minha filha mais velha... Não teria mais que um ano e meio, dois talvez... Eu entrei no quarto ao fim da tarde de inverno... Estava escuro e ela estava junto da janela, sem fazer nada e com as mãos atrás das costas, mas sobressaltou-se com a minha entrada. Então, muito depressa, disse sem que nada lhe fosse perguntado:

"Não mexi na paisagem!"

Quando o mundo se nubla de verde...



Ao estilo de um Haiku:


Paisagem verde
molhada... no Outono
o mundo chove...

20 de Novembro de 2005


Cinco Haikai durante a tempestade nocturna na aldeia...


Lua : aclara a noite...
Teu manto é branco e frio
no azul do céu...

Vento: Assobia!
Fazes tremer as canas.
O Pinheiro sorri...

A tempestade
agita o frio da noite
e bate a chuva...

Súbito, o raio
ilumina o azul,
noite de inverno...

E depois da Lua,
depois da tempestade,
chega o sono quente...

20 de Novembro às 00 horas e 05 minutos...

Isabel

(Poema e foto)

Respirando o azul...


Foi numa tarde de Verão, num cabo próximo de Odemira, o Cabo Sardão.

Depois da visita ao Farol, dirigimo-nos para a falésia e, SURPRESA! De onde estávamos, estávamos MAIS ALTOS que os topos da escarpa onde várias famílias de cegonhas têm os seus ninhos.

Habituadas a não serem incomodadas pelo eventual pública, elas continuaram, impávidas, tratando dos seus afazeres: voando em busca de alimento para as crias, regressando aos ninhos, sobrevoando as nossas cabeças e oferecendo às objectivas das máquinas fotográficas este incrível espectáculo: RESPIRANDO O AZUL!

Enchendo o peito de ar, só consegui sentir-me inexcedivelmente grata por esta liberdade de ver, de respirar, de SER no azul com cegonhas à minha volta, volteando por cima de mim, expondo os seus ninhos e apenas SENDO...

Só a Natureza nos transmite esta paz, esta ordem sem constrangimento, esta força sem brutalidade, esta beleza sem artifício, este AZUL, esta respiração que é, afinal, a do próprio mar, a da própria Terra, a do Universo...

Como uma MEDITAÇÃO...

Isabel

(fotos e texto)

21 de Novembro de 2005, recordando um passeio a Odemira e ao Cabo Sardão...

quinta-feira, novembro 17, 2005

Haikai

Uma flor é calma
porque não teme o futuro:
o fruto maduro...

Uma onda é calma
se respira devagar,
ao ritmo do mar...

A nuvem salmão
desliza no céu azul
rumo ao mar do sul...








Foto e haikai de Isabel Nobre

terça-feira, novembro 15, 2005

Um postal: de Lisboa a Cascais...

Este postal foi-me enviado pela minha filha Alexandra, por sms...

"Está um céu magnífico.
O rio parece um espelho metalizado, ligeiramente encrespado, como as rugas de uma folha de alumínio a reflectir a luz dourada do sol.
Todo o ar está dourado.
Amo esta cidade e o seu jogo de luzes.
Passando Algés, o céu limpa e subitamente, parece um dia de verão.
O sol convida a saír e ir até à praia e o rio, aqui já mais largo, parece rir-se, brincalhão, com miríades de pontinhos de luz a cintilar.
Perdido no azul, rumo ao mar alto, um barco à vela. Parece tirado de uma ilustração da Anita!
E do lado direito, palacetes e vivendas de janelas abertas, deixando entrar a luz e convidando a espreitar, a sonhar as vidas que os habitam.
Caxias parece uma vila do sul de França."

14H40

Manhãs na Aldeia...



Fotos de Isabel Nobre

Na minha aldeia,
o sol nasce por trás
das folhas da Palmeira
e o céu
nele se compraz
como se fora
a madrugada primeira...

Na minha aldeia,
as nuvens são feitas
de algodão doce
e são atreitas
a trazer sonhos
nas algibeira...

Na minha aldeia,
todas as manhãs
são manhãs de Amor
porque o céu e o sol
se combinam
para despertar as árvores
e beijar cada flor...

Isabel

00H30 de 15 de Novembro.

sábado, novembro 12, 2005

Numa manhã de Nevoeiro ...



Neblina qual galáxia me recorda
Onde uma estrela já nasce e brilha
Onde outros astros atrás da porta
Seguem o mesmo caminho e trilha

Nascem astros e outras vidas
Neles correm rios de sangue e maravilha
Pó de estrelas, vidas sempre revividas
A cada impulso do SER UNO que brilha

Pudesse a grandeza da alma manifestar
Toda a antiga e sempre eterna sabedoria
Que do átomo ao homem há-de dar
A Luz, a alegria, a dor e a própria magia

José António, 14 de Novembro.



Foi uma estranha impressão, de uma estranha realidade...
O mundo estava, nessa manhã de final de Outubro, mergulhado numa ténue neblina...
O mundo (ou seria apenas a minha Praceta?) estava envolto em Mistério, e eu, com um sentimento quase sagrado, tentei capturar a imagem que provocava mil emoções...

sexta-feira, novembro 11, 2005

Um contributo da Ana Paula Oliveira

"Amor é vida,
é sol que nasce cada dia,
luz que anima e alivia,
rios de seda transparente
e a palavra transbordante
que irradia
o que nela
nunca pode ser contido".

(Enviado pela nossa Amiga Ana Paula
como resposta ao post sobre o Amor e a Morte).

Dos passeios à hora do almoço e das reflexões que provocam...

"Hoje, durante o passeio da hora de almoço, ocorreu-me uma questão e uma pergunta (que fiz a mim mesmo) e que gostava de partilhar convosco. Haverá possibilidade de quietude dentro de um espírito inquieto? E nesse instante, o que era mágoa, conflito e caos voltará a ser encontro, milagre e harmonia?E nesse questionamento deu conta que estava a observar a minha própria quietude e inquietude. É esta a partilha que hoje partilho."
João Firmino



Haverá possibilidade de quietude dentro de um espírito inquieto?

A pergunta é já formulada por Krishnamurti, quando faz alusão ao facto de que "a mente fragmentada" não consegue encontrar tranquilidade, a não ser que consiga "saltar para um outro nível", ultrapassar o nível fragmentado e dolorido e entrar num estado de contemplação que me parece muito próximo da observação que o João fez à hora de almoço.

No seu próprio questionamento, o João deu-se conta de que estava a observar a sua própria quietude e inquietude. Como se se visse de longe e, graças à inesperada distância, pudesse com grandeza de alma e perspectiva VER a realidade - e nesse mesmo acto de VER, está a quietude e a serenidade. Não se recusa nada, não se rotula nada, apenas se vê e tudo se transforma.
Isabel

Amor e Morte... e mais VIDA!

"Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte
."

Alexandre O´Neill


Desde sempre, a temática do Amor e da Morte...
Os Poetas, os Sonhadores, os Amantes, vivenciando as suas "Vocações de Amor" sem preocupações consigo mesmos, totalmente entregues à sua Missão de Semeadores de Amor...

Talvez porque só o Eterno, só o Infinito, pode ser "medida" de amor...
Talvez porque só contrastado com a morte possa o AMOR brilhar com toda a sua Beleza...

Amor desmedido
amor de AMAR
amor com sentido
amor de se dar...

Amor que se impõe
sem nunca explicar,
que se dá brilhando
terra, mar e ar...

Amor que é fogo
que consome e inspira,
amor que é delírio
e que nos fascina.

As Palavras já não sabem,
já não podem explicar,
a beleza singela
que há no acto de amar.

E ao assim transcender
tudo aquilo que é mortal,
torna-se o Amante no SER
que ultrapassa o Portal.

Amor que és INICIAÇÃO
e abres as portas da VIDA,
és Luz para o coração
e o Farol de qualquer vida...

Isabel

Sobre o Lugar onde a Chuva molha ...

Sobre "O Lugar onde a chuva molha..."
Para o João Firmino, e para todos os Amigos:

O lugar onde a chuva molha
é aquele lugar natural
onde a terra se desfolha
do grande ao miniatural...
E nessa Terra bendita
crescemos e fomos SER...
Teve a Terra a desdita
desta gente assim fazer
de forma a tudo ruír
e quase a beleza destruir...

O lugar onde a chuva molha
é uma recordação de Infância:
Na noite a chuva batia,
mas nisso jamais havia
medo para uma criança...
Por que a chuva que batia
era um ritmo que entrava
no coração, e cantava...
Era como voz de Mãe
a sussurrar e a acalmar
essa criança febril
que ouvia a chuva
a sorrir...

O lugar onde a chuva molha
é, enfim, o coração
com que vos vejo e acolho...
O solo é fértil e então
por uma subtil tensão
do SER que através se dá,
sinto a chuva como luz,
sinto a chuva como pós
de estrelas que já não há.
E em tudo o que há na Terra
há uma beleza que encerra
a chuva que bate cá...

Isabel Nobre

11 de Novembro de 2005 às 09H25

segunda-feira, novembro 07, 2005

Aprendendo aos "tropeções"...


Uff! Depois de angustiosa meia hora sem sabermos exactamente como voltar até aqui, lá descobrimos um atalho, provavelmente correspondente a uma nova sinapse no cérebro!
Estas coisas técnicas são complicadas para mentes poéticas - ou será apenas falta de hábito?

Pois é, queridos Amigos, a nossa inicial falta de jeito deixa-nos algo embaraçados... mas encontraremos maneiras de aperfeiçoarmos esta comunicação convosco!

Quanto às fotos, são da Isabel.
Céus, umas vezes reflectidos nas águas, outras apenas expandindo-se de e em si mesmos.
Os primeiros, reflectidos na água dos lagos do Museu da Ciência (em Valência, Espanha);
os segundos, céus das aldeias da zona do Oeste - Portugal no seu mais típico...

Hora de Nascer...


Amamos a Poesia como amamos a Vida.

Estamos a criar algo (um blog) sobre o qual nada sabemos e não temos nenhuma experiência.

É, assim, uma experiência completamente nova, como alguém a dar os primeiros passos.

A insegurança de fazer algo completamente novo, faz parte da sua beleza e da sua POESIA.
É como olhar algo bem de frente e não decidir nada, nada dizer...
mas absorver tudo como numa meditação.



Somos a Isabel e o José António