Poesia Viva

domingo, janeiro 29, 2012

Homenagem à minha Mãe...


MÃE, MATÉRIA DE SONHOS...


És o ocaso da vida,
Em vida crepuscular,
Em momentos dividia
Como o Sol,
Ao mergulhar no mar...

Ver-te, é ter a Alma em LUZ...
Testemunhar
Teu sereno deslizar
P'ro Oceano,
E sentir, sem desengano,
Que o corpo apaga a vida
E a Alma olha, comprida
A lonjura desse Mar...

Amar-te
É assim olhar:
Ver-te Barco cuja Quilha
Vai abrindo a maravilha
De um coração a voar...

Amar-te é dizer adeus
Sem nunca usar de palavras...
É ter saudades de datas...
É o teu ocaso olhar...

Isabel

Lisboa 19 de Janeiro de 2012

(Poema dedicado à minha Mãe, actualmente com 89 anos. Fotos de Isabel.)





domingo, janeiro 15, 2012

AMOR SABEDORIA


Saber o que a vida é,
Saber o que é o Amor,
Saber e também ter Fé
Cuidar dela como de uma flor...

Saber de onde viemos...
Saber para onde vamos...
Ser o caminho que fizemos,
Ser o lugar onde estamos.

Sabedoria é querer dar
O melhor que há em nós.
Com Amor, presentear
Os outros, desfazendo nós.

Ser só o conhecimento,
Se o AMOR não estiver,
É pão que não tem fermento,
Não cresce como é mister.

Mas se juntarmos os dois
Como um Hino à Alegria,
Conhecer e amar são, pois
Eterna Sabedoria.

José António

(Foto de Isabel).

sexta-feira, dezembro 30, 2011

UM ANO TERMINA - OUTRO SE ANUNCIA!

QUERIDOS AMIGOS,
Têm sido tempos difíceis e nós temos estado ausentes...
Ou deveria dizer "aparentemente ausentes"?
É que temos sempre os nossos Amigos no coração e uma das resoluções que gostaríamos de adoptar para o ano que se anuncia, é a de não estarmos tanto tempo afastados das actividades criativas que também nos ajudam a VIVER e a sentir que tudo tem SENTIDO.

O José António escreveu um belo poema desejando o melhor para todos.
Eu irei actualizar os nossos blogues e ajudar a Manter a Chama nestes tempos de desafio.
 
Um abraço,

Isabel

POEMA do José António:
 
Eleva o teu pensamento
Faz do céu o teu cobertor
Sorri por um só momento
E sente no íntimo o amor
 
Sorri para a vida e inspira
O perfume das belas flores
E depois pensa e expira
Boas vibrações dos amores
 
Amor como benção de mãe
Amor pela vida e Natureza
Amor como filha e também
Amor pelo sentido da pureza
 
Amor pelo vento, pelos animais
Amor por tudo o que simples é
Por aqueles que não têm mais
Mas que nem sequer perdem a fé
 
Amor que também tenha esperança
Na vida não seja sempre a perder
Na paz quase sempre se alcança
Toda a plenitude do inteiro SER 
 
E que o ano novo que vai entrar
Possa trazer-te aquela alegria
De te sentires sempre a chegar
Seja de noite ou seja de dia
 
Chegar à grande vida e saber
Que a vida não tem contrário
É sempre sempre a acontecer
Em todos as formas de modo vário
 
José António
Lisboa, 29/12/2011
 
Um grande abraço
 
(Foto de Isabel escolhida desta vez como forma de "manter a chama"!)

quinta-feira, janeiro 06, 2011

E mais um Natal passou...



Nicholas Roerich - Star of the Hero

(Imagem obtida da Internet)






Muita luz, muito enfeite

Tanta gente em correria

Tanta criança em deleite

À espera que haja magia



Tanto sem abrigo ao frio

Tantos os desempregados

Longe vai agora o Estio

Que os matinha animados



Tanto sorriso de plástico

Apenas para inglês ver

E um sorriso sarcástico

A ver se engana o Ser



A falta de ética é chocante

Até a miséria é posta a render

E com um gesto eloquente

Lamenta-se quem se irá perder



É assim o Natal que hoje há

Rouba-se durante o ano inteiro

Para agora que a coisa dá

Fazer figura de milagreiro



Deste natal já não quero mais

O outro sim, é que está a faltar

Aquele que não esquece jamais

Que a vida é sempre, sempre a dar



Vem amigo e façamos a diferença

Cantando o hino da cooperação

Contra a competição e indeferença

Abrindo à vida o nosso coração



Que possamos ser a mudança

Que no mundo queremos ver

Que na vida que se alcança

Trocando o Ter pelo sagrado SER

José António

sábado, março 20, 2010

MÁQUINA FOTOGRÁFICA...











MÁQUINA FOTOGRÁFICA

Máquina fotográfica sempre alerta
Captas agora para a posteridade
Aquele instante pela câmara aberta
Um fragmento da eterna verdade

Vais observando cada momento
Pareces viver vidas multifacetadas
Não importa se é dor ou tormento
É como subir ou descer escadas

Entregas-te com toda a veemência
Como se a vida ficasse suspensa
Vais ao âmago de cada essência
Como quem age e nunca pensa

Queres e vives sempre no presente
És pessoas, seres vivos e a Natureza
Não fazes juízos de valor, apenas sentes
Que tudo e todos são feitos de pureza

Até os aromas sabes e queres captar
Para quem tenha os sentidos apurados
Sentes cada sílaba do verbo amar
Sejam tristes ou alegres os apanhados

És sentinela viva e sempre atenta
De tudo o que te rodeia e acontece
És a presença seja rápida ou lenta
Das teias que a Grande Vida tece

José António

Lisboa 20 de Março de 2010
(Fotos de Isabel)

terça-feira, fevereiro 16, 2010

Vinhas com um vestido vermelho...






DIÁLOGO DE ALMAS


Vinhas com um vestido vermelho
Trazias a luz do Sol no teu olhar
E tive a certeza de não estar velho
Despertaste-me a vontade de amar

Imediatamente soube numa cantiga
Que eras tu a ansiada companheira
A que seria mulher, amante e amiga
Na busca da verdade que fosse inteira

E aquilo que passámos para ficar
De mão na mão pelos tempos fora
Não ouso sequer querer recordar
Pois a vida faz-se vivendo no agora

E fomo-nos descobrindo mutuamente
Em corações sempre entrelaçados
Que nossos Seres, coração e mente
Ficaram para sempre apaixonados

E hoje comemoram essa condição
Ao transportar para a eternidade
As sementes de uma nova visão
Tão mais próximas da eterna verdade

Amemo-nos companheira da alma
Sintamos aquela doce fragrância
Que nos traz a brisa da calma
Envolvendo-nos com a sua elegância

''''''''''''''''''''''''''

Vem, Companheiro da Alma,
Cruzar os mares comigo,
Os mares da eterna calma
Por nos termos compreendido

Por nos termos encontrado
Agradeço ao céu estrelado
Foi a surpresa do Fado,
Do destino estabelecido.

Amo-te com toda a Alma
e também com a paixão:
Pois é bom, na tarde calma
Ter a força do vulcão.

Vem percorrer comigo as avenidas
Da descoberta psicológica e real
Para que o rasto das nossas vidas
Possa perdurar no Espiritual!

E um dia olharemos para trás
E sorriremos ao ver, na escuridão,
Dois rastos de Luz que muito nos apraz
Registar no nosso comum coração.

José António e Isabel

Lisboa 14 Fevereiro 2010

(Fotos de Isabel)

segunda-feira, janeiro 25, 2010




MUDA AGORA!



É hoje o dia! Chegou a hora!
Estou aqui, desperto e alerta
O momento é mesmo agora
Tenho sempre a porta aberta

Urge o tempo da mudança
Do velho paradigma do TER
Para não morrer a esperança
E se valorizar o SER

Ser honesto e ser solidário
Cooperante; verdadeiro; inteiro
Dar e dar-se de modo vário
Somos flores do cósmico canteiro

Denunciarmos a ignomínia brutal
A cruel indiferença e a podre paz
Não mais se pode ser neutral
Quando a vida a nossos pés jaz

As eternas crises da economia
A justiça que é só para alguns
A vida que já nos tira a alegria
A má-língua e os seus zunzuns

A miséria distribuída por milhares
E o desemprego sempre à cabeça
A tristeza e o desespero nos olhares
Crueldade sem que ninguém a peça

Roubam-se corpos e almas a esmo
Saqueiam-se riquezas e capacidades
Até às crianças acontece o mesmo
Privando-as de futuro e liberdades

E tudo em nome duma civilização
Esgotada nos seus pressupostos
Que nos retira ao nosso coração
A vida, a alegria, a paz e os gostos

Mudar começa em cada um de nós
E este paradigma quer continuar
Mas todos somos das estrelas os pós
Todos temos a vontade de mudar

Tu sabes, que a vida é sempre a fluir
Assente na boa vontade e cooperação
Não deves deixar te nesta cantiga ir
Tudo mudará se estenderes tua mão

Ajuda, colabora, solidariza-te e age
Onde estão tuas forças e energias?
Não sejas mais um que apenas reage
Reverte em acções e realizarás magias

Não esperes mais! Faz um compromisso
Com a vida, a paz, a entrega à grande vida
Anda! Despacha-te e realiza mesmo isso
A nossa caminhada é para ser cumprida

Haverá lugar para a compaixão?
Sim, claro, mas com discernimento
Dar e receber, razão e coração
Provêm daquele mesmo sentimento

Não perguntes onde levará o caminho
O caminho faz-se sempre caminhando
Enche teu coração daquele carinho
A esperança ir-se-á sempre alcançando

Não esperes grandes recompensas
Faz a mudança pela grande necessidade
De mudar aquilo em que sempre pensas
Em demanda daquela eterna Verdade


Sê a mudança que queres ver surgir
Agarra nas tuas mãos a oportunidade
Sê como as águas do rio, sempre a fluir
E verás tua vida apontar à eternidade

E tempo de avancar, de outros chamar
Tempo util que não podemos perder
E tempo sem tempo, é tempo de amar
Dar o salto quantico para o tempo de SER


Lisboa, 22/Janeiro/2010

José António


(Fotos de Isabel)

sábado, janeiro 02, 2010

Em Viagem...











Soneto:


Em viagem, o que procura
A ALMA do Buscador?
Pensa entrever, na lonjura,
A LUZ do seu Redemptor!


Em viagem, o que Busca,
Esse novo Sonhador?
A LUZ que sua ALMA ofusca,
Apesar de toda a dor.


E se em viagem encontra
Perigos e dores e cansaços,
Assim mesmo os ultrapassa,



Pensando, vezes sem conta,
Em como todos os passos
O aproximam da CHAMA.


Isabel.


09 de Dezembro de 2009, Lisboa.

(fotos de Isabel)

domingo, setembro 13, 2009

Que caminho seguir numa encruzilhada?






Que caminho seguir numa encruzilhada?

Que fazer quando tudo está baralhado?

Onde nos levará esta ou outra estrada

Se temos o mesmo pensamento parado?



Porque cometemos os mesmos erros

Quando a situação nos parece familiar?

Porque desatamos em altos berros

Se não temos luz para nos iluminar?



Porque temos sempre tanta pressa

Em fugir do que não podemos realizar?

Aquilo que no caminho se atravessa

Deve ser aquilo que temos de ultrapassar



Tudo o que precisas está no teu interior

Todas as dúvidas têm lá sua resposta

Se parares, calares e sentires o amor

Sentirás que começas a ganhar a aposta



Não procures nunca fora de ti! É hora!

De ultrapassares velhas concepções

O segredo está em sentir que é agora

Magia interna em todas as direcções



José António

Lisboa, 13 de Setembro de 2009

(Fotos de Isabel)

sábado, agosto 22, 2009

Diálogos de Almas




Há seres que, quando se encontram

desvelam do próprio ser

uma Magia que encanta

e transforma o seu viver.

E dessa Vida renovada

tudo, então, pode surgir,

como ao virar de uma Estrada

em que te encontro, a sorrir.


Isabel


Lisboa, 22 de Agosto de 2009
(Foto de Isabel dedicada ao José António).