Poesia Viva

domingo, fevereiro 22, 2009

Meu Amor Intemporal




MEU AMOR INTEMPORAL


Olhámo-nos e ficámos encantados
E perguntei-te um pouco a medo:
Sabes cantar? Os olhos embargados…
Claro que sim, respondeste sem medo

E logo ali, a duas vozes cantámos
Sem sequer ter havido nenhum ensaio
Sem sabermos como, pelo ar voámos
Lembras-te, estávamos no mês de Maio?

E o reconhecimento foi logo instantâneo
Nossas duas almas começaram a sorrir
Num segundo foi, mesmo momentâneo,
Sentimos o Universo inteiro a intervir

Nesse lapso de tempo aprendemos
Que não há tempo, nem o tempo que há
E minuto a minuto então sorvemos
A Vida Inteira que sempre, sempre se dá

E percorremos universos, galáxias, dimensões
Sentimos de imediato o momento presente
Que outra vez trabalhava em nossos corações
Às almas eternas e gémeas não se mente

E celebramos cantando aquela linda canção
De uma Menina que estava sempre à Janela
E à sua outra parte logo abriu seu coração
Sem sequer estar a pensar que era ela

Amo-te como o mar se enrola na areia
Partilho teu doce sorriso de encantar
E com mil fios urdimos esta nossa teia
No amor que se revê quando está a cantar

És o meu porto de abrigo, meu ancoradouro
Minhas asas para voar pelo mundo inteiro
Minha jóia, filigrana de mil fios de puro ouro
Todas as flores de mil cores no meu canteiro

Somos como um só aqui, sempre e agora
Procuramos juntos aquela nossa outra parte
Que se descobre dentro de nós, e nunca fora,
Para quem tudo transforma numa obra de arte

Dedicada ao amor desta e de todas as vidas passadas e/ou futuras que é a minha mulher Isabel

22/02/2009

José António

(Foto de Isabel).

domingo, fevereiro 15, 2009




CAMINHA

Ouve-te, se a vida te foge
Pára, se não sabes onde vais
Começa já a partir de hoje
Não é tempo para soltar ais

Cria a tua própria realidade
És o único dono do teu querer
Só tu sabes qual a tua verdade
No íntimo de ti está o teu SER

E vive todo e cada momento
Obstáculos são para ultrapassar
Não há mesmo nenhum tormento,
Se tu quiseres, que te faça parar

Faz-te ao caminho hoje, agora
A Vida vive-se sempre a andar
Não se tropeça para trás, ora!
Tarde ou cedo terás que te dar

Abre o coração ao teu Interior
Faz silêncio como e quando quiseres
A pérola mais pura está no amor
Evolui e vai, para entender poderes


José António

Lisboa, 15 de Fevereiro de 2009.

(Foto de Isabel)








domingo, fevereiro 01, 2009

QUANDO ?




QUANDO?...

Porque continuamos a insistir
Em olhar sem sequer VER?
Que nos fará no erro persistir
Não dando nunca atenção ao SER?

Que surdez e cegueira são estas
Que nos aproximam da insanidade?
Porque caminhamos sobre arestas
Quando há caminhos para a verdade?

Será que estes sintomas não têm cura
Ou será que alguma coisa nos falta?
Porque desprezamos toda a ternura
Que nos eleva à montanha mais alta?

Algum dia iremos ver aquela verdade
De noutro rosto talvez pressentirmos
A mesma e igual centelha da fraternidade
Observando algo de novo quando virmos?

Só quando soubermos a mente limpar...
Só quando sentirmos dentro de nós
Toda a vida inteira sempre a pulsar,
Pois de estrelas somos apenas os pós!


José António


Lisboa, 01 de Fevereiro de 2009.


(Foto de Isabel).