Poesia Viva

domingo, janeiro 08, 2006

SER e não ser... enquanto se espera...


Ver e nada conseguir saber
Será o pior de todos os infernos
Confunde-se o SER com o ter
E começam todos os Invernos...

Caem chuvas grossas, tempestades,
Granizos, nevões e todos os ventos...
Tudo ocultando as últimas realidades
E fogem-nos as forças e os alentos.

Mas há sempre uma transformação.
Não se pode eternamente caír!
O que nos toca fundo o coração,
Será aquilo que nos faz subir.

Saber que só por dentro se sente
É subir ao dealbar da consciência
Se o mundo emana da mente
É aí que reside a transcendência.

Subjectivo e objectivo são
Apenas dois lados da consciência.
Não é diferente mente ou coração,
A Realidade é só UMA, à transparência.

Não existe essa fictícia divisão
Entre Ciência e Espiritualidade.
O que produz essa separação
É a mente em conflitualidade.

José António

(À espera do regresso do bloco operatório, 10H00 do dia 03 de Janeiro de 2006).

(foto de Isabel)

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