Serenidade...
Uma linha plana no horizonte
Traça a fronteira entre céu e terra
Como se fora uma enorme ponte
Onde tudo aquilo que existe aterra
Essa linha divisória que se traça
Quando olhamos a imensidão do mar
E sem avisar a alma nos prepassa
Deixando-nos sem palavras a pensar,
É um sentimento de intensa serenidade...
Começa por invadir todo o nosso ser
Alcançando tão completa profundidade
Que nos permite tudo sentir e ver
Ver quão ténue e rara é a diferença
Entre o seu contrário e aquilo que É
Não, não depende apenas da crença
Estando muito para além da nossa fé
É um Antes e um Depois serenamente
É um Sim e um Não tão indivisíveis
Basta tê-los no coração eternamente
E aos olhos da alma serão visíveis
Invade-nos assim tão docemente
Este estado de permanente lucidez
Que cairá por terra bruscamente
Qualquer sentimento de altivez
E deixando-nos assim maravilhados
Entregues à unidade universal,
Procuramos na vida, inteirados,
Esta união pluridimensional.
José António
29/12/2005
(foto de Isabel)
3 Comments:
At sábado, 31 de dezembro de 2005 às 01:41:00 WET, Jorge Moreira said…
Uma Serenidade, uma Fusão com a Unidade... Muito belo.
Grande Abraço
At sábado, 31 de dezembro de 2005 às 08:35:00 WET, Conceição Paulino said…
uma bela tranquila descrição de flutuação da mente e da alma entre planos.
Bjs de luz e paz :), BOAS entradas e, globalmente, um melhor 2006 num mundo mais solidário, pacífico e justo @'-,--',--
At domingo, 1 de janeiro de 2006 às 17:41:00 WET, joao firmino said…
Cheira ao silêncio das berlengas, num espaço que flutua entre o Norte e o Sul.
O Mediterrâneo é aqui. Um abraço,
João
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