Poesia Viva

sexta-feira, dezembro 30, 2005

CUF Descobertas, 27 de Dezembro ao fim da tarde...


Estranho nome, para um Hospital...
Mas chego lá como numa viagem turística.
Estou demasiado cansada para ir de transportes.
O corpo pesa-me como um fardo que quisesse alijar.
O táxi que tomo, no Chiado, leva-se junto ao Rio até à EXPO.

Dentro do Hospital, tudo parece claro, limpo e leve, pouco tétrico.
As paredes exteriores em azulejos claros reflectem a luz, típica de final de tarde.
Tudo tem, para mim, um ar "holandês", desde o ar moderno e limpo do prédio,
aos céus baixos da chuva que já veio e que se encheram de nuvens de várias cores...
Nuvens que brincam umas com as outras, num escuro claro que depende de um outro jogo de escondidas, o que o Sol faz com o que resta do dia...
Enquanto espero, através das janelas amplas rasgadas a todo o comprimento do corredor onde me encontro, vejo os céus baixos que viajaram desde a Holanda para me cumprimentarem.
As nuvens, sopradas até parecerem velas de antigas caravelas, parecem flutuar mansamente e reflectir assim as cores projectadas por invisível mão...

No final, passo na cafetaria. Fora, à direita, um lago reflecte o céu, as nuvens, as cores, agora ténues... Faz-me sentir docemente serena neste fim de tarde...

Isabel (texto e foto).

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