O TEMPO...
O TEMPO
O tempo do relógio não tem tempo
É o constante passar dos segundos
Desliza suavamente como o vento
São tempos imemoriais profundos
Transporta pedaços da eternidade
Penetra em tudo aquilo que existe
Muda toda a substancionalidade
Para outro nível de quem assiste
São voltas e mais voltas intermináveis
Em marcha acelarada uniformemente
Transformando em seivas incontáveis
Tudo o que se renova constantemente
Diferente é o tempo, da humana mente
Aquele a quem se chamou psicológico
Paralisa o Eu sempre tão completamente
Faz-se passar pelo SER, o que é ilógico
Vive numa eterna luta permanente
Querendo viver no futuro ou no passado
Não quer teimosamente estar no presente
Finge que vai, mas não vai a qualquer lado
E se não estivermos vigilantes, atentos
Resvalamos facilmente para lado nenhum
Começamos a querer raciocinar, tão lentos
Deixamos de pensar que todos somos UM
E assim paralisados, perdidos sem norte
Vivemos a vida sem estar no presente
Fingindo viver até ao cair da negra morte
Estando sempre cada vez mais ausentes
Se ao tempo prestarmos toda a atenção
Sentindo a cada momento o aqui e o agora
Passamos a viver numa outra dimensão
Ausentamo-nos, mas não vamos embora
Aprende a olhar o tempo e a tudo sentir
Da dimensão do infinitamente pequeno
À imensidão cósmica sempre a fluir
E saberás sentir-te sempre tão sereno
José António
(Foto de Isabel)
10 Comments:
At terça-feira, 28 de março de 2006 às 00:47:00 WEST, Pedro Melo said…
O tempo... interessante pois tenho passado num outro blog onde realmente se tem "olhado" para o tempo. É sem duvida que temos de começar a dominar o "tempo" e não o contrario... Se o tempo pode ser o fogo no qual ardemos, tambem pode ser aquele que nos permite evoluir... talvez seja uma questão do tipo: "o que fazes com o teu tempo"?
magnifico post!
At terça-feira, 28 de março de 2006 às 01:17:00 WEST, Isabel José António said…
Obrigado, mais uma vez pela tua visita!
Tu sabes o que quero dizer! Tu mais do que ninguém sabes a que me refiro.
Um grande abraço e vamos ver se conseguimos dominar o tempo e não deixar que ele nos domine.
José António
At terça-feira, 28 de março de 2006 às 21:18:00 WEST, Aprendiz de Viajante said…
Gostei muito deste teu poema!
De facto, há em nós um tempo psicológico, irreversível e finito que vai desde o nascimento até à morte. Ao longo desse tempo não podemos estabelecer períodos metricamente objectivos. Os minutos, as horas e os dias não são iguais para cada indivíduo, porque os comprimentos que lhes são subjectivamente conferidos não coincidem.
Obrigada pelos teus comentários,sempre simpáticos, sempre especiais, carregados de sentimentos e poesia... Eu adoro a tua presença!
Desculpa não te ter retribuído muito, mas esta semana, como escrevi no meu blog ,está um bocado complicada para mim...
Até sempre!
At quarta-feira, 29 de março de 2006 às 22:23:00 WEST, Jorge Moreira said…
O tempo...
O tempo é uma invenção da mente...
Sempre profundo Amigo José António.
E Obrigado sentido pelos teus poemas.
Grande Abraço,
At quinta-feira, 30 de março de 2006 às 18:18:00 WEST, Isabel José António said…
Caríssima Wicca,
É um prazer perceber que nos visitas. Muito obrigado.
É bom continuarmos a visitarmo-nos mutuamente. Aprendemos todos uns com os outros e partilhamos a beleza de tantas coisas (uma explícitas e outras implícitas).
Se fosse "postar" todas as coisas que escrevo nem mil blogs chegariam.
Até breve
José António
At sábado, 1 de abril de 2006 às 18:08:00 WEST, Aprendiz de Viajante said…
Meu próximo post será uma ilustração de um poema teu... é a forma mais sublime que tenho de homenagiar quem me deixa poemas tão bonitos nos meus comentários...
Obrigada pela tua presença e bom fds
At sábado, 1 de abril de 2006 às 18:10:00 WEST, Aprendiz de Viajante said…
Meu próximo post será uma ilustração de um poema teu... é a forma mais sublime que tenho de homenagiar quem me deixa poemas tão bonitos nos meus comentários...
Obrigada pela tua presença e bom fds
At sábado, 1 de abril de 2006 às 18:10:00 WEST, Aprendiz de Viajante said…
Meu próximo post será uma ilustração de um poema teu... é a forma mais sublime que tenho de homenagiar quem me deixa poemas tão bonitos nos meus comentários...
Obrigada pela tua presença e bom fds
At domingo, 2 de abril de 2006 às 11:02:00 WEST, Desambientado said…
Quiseramos nós saber o que é o tempo, e concluímos, enquanto o investigavamos, que tinha passado por nós sem o percebermos.
Muito bonito.
At domingo, 2 de abril de 2006 às 17:10:00 WEST, Aprendiz de Viajante said…
Já está... quando puderes espreita!
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