De novo o Inverno...
Hoje fui redescobrir dois poemas do passado, mas que ainda consigo "sentir"!
Por isso aqui venho, partilhá-los convosco...
INVERNO I
Em manhãs de Inverno
o mundo se veste
em tons de cinzento...
Mas se o Sol regressa,
muda-se em azul
o cinzento espesso...
Há tons de azul
que vão do turqueza
ao pálido cinza...
O vento dispersa
os azuis de Inverno
soprando nas nuvens
Quando elas se afastam,
um raio solar
rápido, atravessa...
Fazendo luzir,
do lado de cá,
cores que transparecem...
Dourados e pratas,
pastel e limão
e azuis etéreos...
Há milhares de azuis
nos ceús deste mundo
prenhe de mistérios.
INVERNO II
Há no Inverno tal nitidez
como não há noutra estação:
Se surge a luz,
etérea, amável,
logo ilumina
o globo mundo
em mil reflexos
de ouro e malva...
Se o Sol se deita ou se levanta
ateia chamas
em suaves rimas
como algodão...
Se a Lua surge
a meio do dia,
enche-se o Sol de melancolia,
espraiam-se sombras pela cidade...
Mas é de noite
que a Lua vela
e pelos céus, navega,
bela
com o seu manto
azul sidério...
De novo surge, num céu de sonho
paleta mágica, irisada
feita dos risos de seres alados
e, com pedaços de asas de anjos,
escreve-se o céu em doces tons...
Quem os pintou, é um MISTÉRIO...
Isabel
(Fotos de Isabel tiradas em Lisboa, em pleno Inverno...)
2 Comments:
At segunda-feira, 13 de fevereiro de 2006 às 09:02:00 WET, joao firmino said…
No Inverno a luz tem um brilho próprio, que em mais nenhuma estação acontece. Mas esse brilho só se torna brilho, porque existem olhos de brilho que o veêm assim.
E esses olhos são as tuas fotos e as tuas palavras.
Beijinhos,
João
At segunda-feira, 13 de fevereiro de 2006 às 11:28:00 WET, Pedro Melo said…
Adorei os poemas...
São uma bela (e diria "impressionista") "pintura" do Inverno.
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