Poesia Viva

segunda-feira, abril 03, 2006

A FONTE...


Procedamos à divisão da mais ínfima partícula
Que anda no céu a pairar para se poder ligar
Sem consternação, sem faltar nenhuma vírgula
A tudo o que anda no ar e está por se revelar...

Essa divisão que se faz, já não pode ser chamada
Matéria como a concebemos, ou já a sabemos!
É campo, uma onda, porção de energia condensada
Que tudo cria, tudo renova e já não a vemos...

É nessa imaterialidade, nesse tudo, nesse nada,
Que o Todo concebeu a sua Manifestação!
Deu início a esta grande e Eterna Jornada
Como um sopro cósmico da sua imaginação...

Criou formas, substâncias e aparências...
Deixou que tudo fluísse energicamente...
Deu-lhe um fio condutor para as exigências
Das dificuldades, que são postas pela mente...

E nesta complementaridade entre tudo,
Neste único processo, eterno e infinito,
Não há vida nem morte e contudo,
Soltamos a cada passagem, nosso grito!

José António

Foto de Isabel

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