Poesia Viva

terça-feira, fevereiro 28, 2006

O Fio ténue que tudo une...


Quase não se vê, apenas se sente!
Fio invisível que tudo move e anima
Força cósmica imperecível permanente
Que se move para baixo e para cima

Percorre todo o imenso espaço sideral!
Em ondas se movendo que atravessam
Todas as dimensões de forma total
Unindo tudo e todos por onde passam

Há quem lhe chame a negra matéria
Outros ainda a Energia Primordial
Outros, de Deus falam de forma séria
O TUDO ou NADA transcendental

O espermatozóide impele, e mais além
Um novo astro ou galáxia faz nascer
Às árvores e às belas flores traz também
A essência fundamental do próprio SER

Da água faz brotar, com os minerais
A energia que tudo renova e faz mover!
A atmosfera impregna com seus sais
Numa ânsia de tudo fazer renascer

É um fio ténue! Pequeno fio de prata
Que tudo fecunda, tudo renova e incita!
Nele tudo existe e tudo se retrata
Dele provém e para ele tudo se concita

Física quântica do tempo e do espaço
Em ondas sucessivas se propagando
Da leveza da seda e da dureza do aço
Continuamente acendendo e apagando

Química misteriosa esta, da própria VIDA
Que põe o Mundo a pular e a avançar
Que retira do BEM a forma mais querida
Que poucos nela querem e podem reparar

Poema de José António
17/02/2006 - 14 horas

(Foto de Isabel)

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